Não se apega, não!

Duas razões me fizeram comprar este livro: primeiro, a capa! É, confesso, comprei um livro pela capa! Tão linda! O outro motivo é o fato de ter sido escrito por uma blogueira – sou dessas que prestigiam a classe – e abraçado pela Intrínseca.

isabela freitas não se apega não

Com uma pontinha de arrependimento – li algumas resenhas negativas e achei que realmente não era pra minha idade – resolvi encarar a história da Isabela. E tá aí o primeiro ponto meio confuso no livro: muito embora a autora negue ser uma autobiografia, as coincidências entre ela e a personagem central são muitas ao longo do livro. Mesmo nome e sobrenome, mesma idade, mesma cidade, mesmas características físicas… Fiquei em dúvida se era uma mistura de realidade com ficção, realidade total com alguns nomes trocados ou situações que Isabela gostaria de ter vivenciado.

Não se apegar não é ser indiferente à vida. É ter o conhecimento de que o sofrimento chega, mas um dia deve partir. Não podemos dar abrigo ao sofrimento nem permitir que ele faça de nosso coração sua casa permanente. Não é certo. Superar é preciso. Levantar-se mais forte é essencial. {p. 223}

Outro ponto que estranhei: o livro é classificado como autoajuda. Até inicia com as “20 Regras do Desapego” e continua com alguns conselhos ao longo da história, mas, ainda assim, não consigo enquadrar como uma literatura do gênero. Pra mim, é uma história divertida sobre impressões, pensamentos e descobertas de uma garota de 22 anos. Não passa disso.

No decorrer da leitura, acabei gostando. Me apeguei a alguns personagens e adorei relembrar momentos e situações juvenis com a Isabela. O enredo é rápido, às vezes um pouco enrolado, mas traz algumas conclusões muito interessantes, apesar da imaturidade visível da personagem.e de constatar não ser realmente um livro para a minha atual fase quase balzaquiana. Tenho certeza que se o tivesse lido há uns dez anos, teria amado muito!

nao se apega nao

Aprendi que algumas pessoas precisam ir para que outras melhores cheguem. É como se no nosso coração tivesse apenas alguns poucos lugares, e se não expulsarmos aqueles que não mais nos acrescentam nunca poderemos conhecer os próximos da fila. {p. 96}

Comecei com um pé atrás, porém, no final das contas, o jeito da Isabela me conquistou. Não é um livro que super indico, mas é uma leitura fácil e rápida pra passar o tempo e, quem sabe, reviver algumas cenas que marcaram a vida.

 não se apega não nota

11 pensamentos sobre “Não se apega, não!

  1. Ontem o Submarino estava com aquelas promoções de livros por, sei lá 14,90 e 19,90, ai enlouqueci e acabei comprando alguns. Esse eu vi por lá, mas sei lá, acabei não me interessando. E acho que comprar um livro pela capa é uma manobra arriscada, mas no fim o máximo que pode acontecer se o livro é ruim, é contribuir posteriormente pra decoração da estante 😀 Comprei aquele Morte súbida da J.K. Rowling, sabe? Já leu? Tava morrendo de vontade… E um da Agatha Christie que eu lia muito lá pelos meus 13 anos e adorava, fizeram edições tão lindas do livro dela que acabei não resistindo. E claro, não menos importante, O Casamento de Becky Bloom, que li os dois primeiros capítulos na livraria uma vez (haha) e não comprei. É agora que termino a saga da Becky! ❤

    • Ai sim, manobra arriscadíssima, tanto é que rolou aquele arrependimentozinho depois! Mas, no final das contas, achei fofo! hahaha Não li o Morte Súbita, mas com certeza deve ser muito bom, lembro de ter lido críticas positivas. Os da Becky Bloom já li todos que foram lançados no Brasil, só não gostei muito dos últimos dois! Esse do Casamento lembro de ter gostado bastante! 😀

  2. Ainda não comprei o livro da Isa! Eu amo as crônicas que ela escrever no blog, então, apesar de não ler mais, eu gosto do jeito que ela escrever! Eu vi muitos comentários negativos sobre o livro também, muitas pessoas falar que parece mais um biografia da vida dela, enfim!! A capa é um amorzinho♥
    Beijinhos
    http://www.dosedeilusao.com

  3. Bruna, a capa é realmente uma fofura e eu adorei a análise que você fez. Hoje em dia parece que qualquer pessoa consegue publicar um livro, a gente acaba com algumas coisas não tão boas assim na prateleira! beijos

  4. Me parece que ela escreve de um jeito bem pro público mais jovem mesmo, mas a lição é totalmente válida pra todas as idades. Com a minha rotina de modelo, mudando de país a cada contrato, deixando coisas, roupas e pessoas pra trás, precisei aprender na marra o que é o verdadeiro desapego. E olha que eu era daquelas que tinha caixas e mais caixas de velharias que tinha pena de jogar fora.

    bjs de Filipinas,
    Gabi Barbará
    Barbaridades!

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